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A Psique na obesidade
A obesidade é causa de angústia de um número crescente de pessoas sobretudo nos países desenvolvidos. O problema do obeso agrava-se na sociedade contemporânea pela sua incapacidade de se identificar projectivamente com as imagens sociais que o mundo lhes impõe como representações imaginárias. Ou seja hoje o feminino é magro e o masculino é atlético, o obeso entra assim em conflito com a sua própria representação do feminino ou do masculino, consoante o caso, e como os estereótipos de hoje são radicais e incontornáveis, a mulher obesa percebe que não é “a mulher que se quer” e o homem obeso não é “o homem que se deseja”. Problemas causados pela obesidade Os problemas causados pela obesidade colocam-nos perante perplexidades e contradições: Por exemplo, do ponto de vista físico, embora os homens tenham maior excesso de peso localizado na parte superior do corpo são as mulheres que se preocupam mais com o peso e por isso a maioria dos estudos são feitos com mulheres. Um estudo realizado nos EUA por Kathryn J. Zebre indica que dos 36 biliões de dólares gastos anualmente na indústria de dietas e de exercício, as mulheres contribuem numa proporção de 9 para 1 face aos homens Hoje existem níveis recorde de fazer dieta e imensos programas para perder peso: dietéticos, exercícios, comportamentalistas e cirurgia, para os quais seguramente contribui a pressão dos media para se ser magro. No entanto na generalidade assiste-se a um falhanço nas tentativas de perder peso e manter peso a médio e longo prazo. Mas o que se passa na mente inconsciente de alguém que se tornou obeso e se sente incapaz de se tornar diferente? Thorner (1970) observou que as pessoas obesas tinham relações de objecto muito perturbadas; odiavam o seu corpo, estavam deprimidas e sentiam-se perseguidas e rejeitadas pelo mundo fora delas. O mesmo autor questiona se o doente que não respeita o ritmo da alimentação e come compulsivamente pode ter ansiedades do tipo psicótico, ou seja: a obesidade pode ser uma defesa contra a psicose. Já em 1957 no seu livro “The Importance of Overweight “ Hilda Bruch considera que “a obesidade não pode nem deve ser tirada até as perturbações subjacentes serem corrigidas”. Para H. Bruch “os problemas psiquiátricos dos obesos estão longe de ser uniformes, não é possível falar de uma dinâmica de personalidade característica de todos os obesos. A obesidade pode estar associada a qualquer perturbação psiquiátrica”. A autora sugere que se diferencie a obesidade de desenvolvimento e obesidade reactiva. A obesidade de desenvolvimento começa numa tenra idade e serve de teia à identidade. É referida pelos doentes: “sou assim desde que nasci” ou “desde que me lembro”. A obesidade reactiva é precedida de um acontecimento traumático ou de uma grande mudança na vida: pós-acidente ou doença, sair de casa para ir estudar, infidelidade conjugal ou nascimento dos filhos. Estes pacientes muitas vezes relatam que não se sentem eles próprios e estão desconfortáveis com a sua aparência. Alguns dos pacientes acabam por revelar que evitam espelhos de corpo inteiro para não terem de se confrontar com a sua gordura e que usam roupas soltas e fatos de treino por esta mesma razão. O principal foco de atenção dos psicanalistas, desde que Freud desenvolveu a ideia da boca como zona erógena principal, é a fase oral como ponto de fixação no desenvolvimento da obesidade. Debaixo de stress a pessoa pode regressar a satisfações orais tais como fumar, beber e claro comer. |
Este período precoce nas suas vidas deu-lhes um sentimento de segurança e prazer, o qual debaixo de ameaça pode ser recapturado ainda que de forma patológica: a comida representa a mãe.
Quase todas as crianças conscientemente separam a mãe da comida aos 2 anos, (Anna Freud), mas a conexão inconsciente persiste. Os estudos de Hopkinson e Bland (1982) sugerem uma relação entre dimensão do corpo e a depressão, no entanto não podemos esquecer que há obesos felizes que não chegam a entrar em contacto com os técnicos de saúde. Em contraste com este estudo as estatísticas mostram que quando se avalia, com testes psicométricos, a prevalência da depressão nos obesos esta é igual à da população em geral. O aumento de peso depois do casamento foi exaustivamente estudado por Stuart e Jacobson através de uma amostra de 9000 questionários que avaliaram a vida conjugal e o comportamento alimentar. A crença popular associa o aumento de peso à felicidade no casamento e ao facto de as pessoas casadas já não terem de competir para conseguirem um parceiro. As conclusões do estudo revelam outras razões para o aumento de peso. O estudo concluiu que, em média, as mulheres com casamentos felizes aumentaram 9kg em 13 anos, enquanto que as mulheres com casamentos infelizes aumentaram 21kg em 13 anos. Relativamente à população masculina o estudo indica que homens com casamentos felizes aumentaram 9,5kg em 13 anos e com casamentos infelizes aumentaram 19kg em 13 anos. Riscos psicológicos da obesidade Pode-se pagar um elevado preço psicológico e fisiológico por não se estar em forma. Tal como os pacientes anoréticos e bulímicos, os obesos tem de lutar contra um grau alarmante de ódio ao seu corpo, este auto-ódio pode conduzir à traição do seu próprio corpo e do seu próprio self. Os desastrosos efeitos físicos da obesidade podem ser a longo prazo considerados uma forma lenta de suicídio. Esta doença permanece por se detectar, estatisticamente, porque os problemas de saúde dela decorrentes são normalmente classificados sobre outras rubricas médicas de doença, nomeadamente cardíaca e cancro. Embora as pessoas com obesidade não mostrem um aumento de psicopatologia manifesta nas escalas psicológicas convencionais elas têm muitos problemas psicológicos. Por tudo isto as crenças negativas acerca da obesidade são fortes tanto nos adultos como nas crianças. Assistimos a um conflito a nível da imagem corporal, em que estal desvaloriza a pessoa. Há, nesta patologia, um sofrimento emocional e não há uma equivalência entre o grau de obesidade e a dor mental que ela provoca. Não há uma correlação entre a idade dos doentes e a dor mental por se ser obeso. Referências Bibliográficas Bruch, H - The Importance of Overweight, New York, Norton, 1957. Shipton, Geraldine - Working With Eating Disorders – A Psychoanaytic Approach, Palgrave Mcmillian, 2004. Zerbe, Kathryn J. – The Body Betrayed– A Deeper Understanding of Women, Eating Disorders, and Treatment, Gurze Books, 1993. Ogden, Jane – Psicologia da Saúde, Lisboa, Climepsi Editores, 1999. |
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